As máquinas e a mente!!


Etimologia: palavra obtida a partir de bio ("vida") e ónica ("electrónica").
O estudo de sistemas mecânicos que funcionam como organismos vivos ou partes de organismos vivos.
(National Geographic, nº107, Fevereiro 2010)

Na revista National Geographic do mês passado encontrei um artigo sobre biónica e as suas diferentes utilizações no corpo humano. Recorrendo a eléctrodos microscópicos e a artifícios cirúrgicos, os médicos já conseguem ligar estas partes a dispositivos como câmaras, microfones e motores.
Ainda em fase experimental, estes dispositivos, denominados de próteses neurais ou biónicas, incorporados no sistema nervoso de um indivíduo, reagem a ordens do cérebro. O resultado é surpreendente... cegos tornam-se capazes de ver, surdos conseguem ouvir...

Um dos casos em estudo no artigo era o de Jo Ann Lewis, cega e que agora já consegue ver as formas das árvores, com a ajuda de uma câmara minúscula que comunica com o seu nervo óptico.
J.A.L. perdeu a visão devido a uma retinite pigmentosa (RP), uma doença degenerativa que destrói as células oculares detectoras de luz denominadas bastonetes e cones. Os cientistas desenvolveram um sistema a que chamaram Argos, como o gigante com uma centena de olhos da mitologia grega, que consiste num par de óculos de sol com uma minúscula câmara de video incorporada, juntamente com um transmissor de rádio. Os sinais de video eram enviados à distância para um computador montado num cinto, traduzidos para padrões de impulsos eléctricos compreensíveis pelas células ganglionares e depois retransmitidos para um receptor aninhado atrás da orelha. Daí em diante, um fio conduzia-os ao interior do olho para um sistema quadrado composto por 16 eléctrodos, suavemente fixado à superfície da retina. Os impulsos accionavam os eléctrodos, os eléctrodos as células e o cérebro fazia o resto, permitindo a estes pacientes distinguir contornos e algumas formas. O número de eléctrodos, entretanto, já foram aumentados para 60, produzindo uma imagem mais nítida.

Embora todas estas inovações sejam uma esperança para muitos dos nossos deficientes visuais, convém não esquecer que ainda não passam de experiências e experiências muito limitadas, não só geograficamente, como também pelas próprias características das deficiências e suas causas. 


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