A PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL
(...) quando Virgil abriu os olhos, depois de ter sido cego por 45 anos - tendo um pouco mais que a experiência visual de uma criança de colo, há muito esquecida - não havia memórias visuais em que apoiar a percepção; não havia mundo algum de experiência e sentido esperando-o. Ele viu, mas o que viu não tinha qualquer coerência. Sua retina e nervo ótico estavam ativos, transmitindo impulsos, mas seu cérebro não conseguia lhes dar sentido: estava, como dizem os neurologistas, agnóstico. (Sacks, 1995, p.129).PESSOA COM DEFICIENCIA VISUAL, A: UM ... - Google Livros
Ensinar e ajudar pessoas com deficiência visual exige muita dedicação e sensibilidade, mas também uma formação que, no nosso país, é escassa! Para termos ideia do quão escassa ela é basta inserir as palavras "deficiência visual" num motor de busca e não esperar grandes resultados de obras publicadas em Língua Portuguesa. O mesmo acontece se formos a uma livraria e pedirmos um livro sobre a deficiência visual - o resultado é nulo. Existem sim alguns capítulos dedicados a esta deficiência, inseridos em livros do Ensino Especial, mas geralmente mais voltados para a pessoa deficiente visual enquanto criança e aluno. E o deficiente visual enquanto adulto e cidadão?
Se procurarmos bem vamos encontrar alguns livros escritos em Língua Brasileira e, alguns deles, publicados pelo próprio Ministério da Educação do Brasil e destinado a professores, educadores e quem trabalhe directamente com os cegos, sem esquecer uma parte importante das suas vidas - a reabilitação. O livro que aqui vos deixo é um exemplo disso! Pena é que o nosso Ministério da Educação não pense da mesma forma e não invista em manuais de formação/informação...
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